Dissertação - Rosaura Elisabeth Monteiro Pinto

Avaliação da qualidade de vida no climatério entre usuárias e não usuárias de terapia hormonal.

Autor: Rosaura Elisabeth Monteiro Pinto (Currículo Lattes)

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da terapia hormonal (TH) na qualidade de vida das mulheres no climatério. Realizou-se um estudo de corte transversal com mulheres entre 40 e 65 anos atendidas no Ambulatório de Climatério do Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (HU-FURG) e em clínica privada, nos meses de junho, julho e agosto de 2005. Foram consideradas como usuárias aquelas que usavam TH há pelo menos 6 meses no momento da coleta de dados. Foram excluídas usuárias de anticoncepcional hormonal e usuárias de qualquer tipo de medicação, não hormonal, para alívio dos sintomas climatéricos nos últimos 6 meses. Participaram do estudo 229 mulheres, 61 usuárias de TH e 168 não usuárias. Avaliaram-se características sócio-demográficas e biológicas. O instrumento utilizado para a avaliação da qualidade de vida no climatério foi o Questionário de Saúde da Mulher (QSM). A análise dos dados foi realizada através dos testes do Qui-quadrado (exato de Fisher), teste “t” de student, teste de tendência linear, teste de análise de variância fatorial 2 x 2 e teste post-hoc de Tukey. A idade média (49,2 ± 5,2 anos) e idade média da menopausa (44,5 ± 5,2 anos) das usuárias de TH foram menores do que as das não usuárias (50,9 ± 6,8 anos e 47,11± 4,8 anos respectivamente) (p=0,04 e p=0,02). Ocorreu aumento do uso de TH com o aumento da renda (p<0,05). Não ocorreu interação entre renda e TH, quando se procurou identificar se as maiores rendas e não a TH melhoravam a qualidade de vida. Dos 9 domínios de qualidade de vida avaliados pelo QSM, em 6 os escores foram melhores para as usuárias de TH (sintomas vasomotores, ansiedade e temores, memória e concentração, comportamento sexual, sintomas somáticos e sintomas depressivos). Independente do uso ou não de TH as mulheres com renda familiar maior do que 5 salários apresentaram melhores escores para qualidade de vida nos domínios sintomas vasomotores (p<0,05), ansiedade e temores (p<0,01), memória e concentração (p<0,05), comportamento sexual (p<0,05), sintomas depressivos (p<0,01) e problemas do sono (p<0,05) do que as mulheres com menor renda familiar. Os sintomas vasomotores foram os referidos como sendo os mais difíceis de conviver (p<0,01). A usuárias de TH apresentaram melhor qualidade de vida.

ANEXOS
CONCLUSÕES
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESULTADOS
RESUMO
TABELAS

Palavras-chave: ClimatérioTerapia hormonalQualidade de vida