Dissertação - Josiane Cappellaro

Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante: aspectos éticos, humanos, técnicos e operacionais

Autor: Josiane Cappellaro (Currículo Lattes)

Resumo

A atuação de uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) possibilita o efetivo processo de captação e doação de órgãos, faz-se necessário tanto para favorecer as atividades de identificação de possíveis doadores, implementar protocolos, testes diagnósticos, comprovar a existência de morte encefálica (ME) e notificá-la, quanto para sensibilizar a família, reduzindo possíveis obstáculos à efetivação de transplantes no Brasil. OBJETIVO: Conhecer a vivência da CIHDOTT de uma instituição hospitalar do extremo sul do Brasil. MÉTODO: Utilizou-se uma abordagem qualitativa. Obteve-se a aprovação do CEPAS, mediante o Parecer: 63/09. A coleta de dados foi realizada com 11 (onze) membros de uma comissão através de entrevista composta por questões abertas. A análise e a inter-relação dos dados foram realizadas a partir da organização e da extração do seu significado na pesquisa, emergindo o capítulo denominado A vivência como Integrante de uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), do qual emergiram as seguintes categorias: Inserção dos trabalhadores na implantação e implementação da CIHDOTT; O ingresso na CIHDOTT; Significados atribuídos pelos trabalhadores acerca de sua participação na CIHDOTT; Fatores que favoreceram o trabalho da equipe; Fatores que dificultaram o trabalho da equipe; Estratégias utilizadas pela CIHDOTT no processo de doação-transplante no HU; Contribuições do adequado funcionamento da comissão; Questões éticas presentes no desempenho das atividades dos trabalhadores. Assim, esta pesquisa proporcionou, além de conhecer, também, refletir sobre as práticas da equipe de saúde e suas vivências na CIHDOTT. A maioria dos seus integrantes mostra-se comprometida e engajada na busca de melhores resultados de doações, contribuindo de modo favorável no processo, especialmente com relação à interação entre equipe de saúde, famílias de potenciais doadores e população. Acreditar e agir com atitudes éticas e solidárias no processo de transplante e doação; compreender e respeitar a autonomia das famílias em decidir sobre a doação, torna-se fundamental para um processo de captação tranqüilo, para que haja uma experiência positiva tanto para a equipe de saúde como para os familiares.

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